segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Livros para todos


Fazer do livro um artigo acessível a todos é a grande meta do jornalista e escritor Galeno Amorim

Da Redação

Novo presidente da Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, que também será responsável pela gestão de políticas de leitura, pretende estimular a produção de obras mais baratas e sonha com livrarias populares

Fazer do livro um artigo acessível a todos é a grande meta do jornalista e escritor Galeno Amorim. Confirmado na última sexta-feira como novo presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Amorim vai administrar a distribuição de obras para seis mil unidades públicas gerenciadas por prefeituras, além de traçar os rumos da oitava maior biblioteca do mundo em acervo. Ex-secretário de Cultura de Ribeirão Preto e com passagens pelo governo Lula, inclusive na FBN, ele foi incumbido pela ministra Ana de Hollanda de preparar o terreno para a criação do Instituto Nacional de Livro e Leitura.

Para isso, num primeiro momento ele vai acumular a gestão dos acervos das bibliotecas com as elaborações de políticas públicas para o setor. Entre suas metas, Amorim pretende criar um mecanismo de incentivo para que as editoras apostem em livros populares, mais baratos, a fim de alcançar os consumidores das classes C, D e E. Em entrevista ao GLOBO, ele expôs sua visão sobre direito autoral e acesso à leitura, e disse imaginar uma livraria popular nos moldes das farmácias populares.

Quais serão as prioridades de sua gestão à frente da Biblioteca Nacional?

GALENO AMORIM: Eu gostaria de acelerar o processo de inserção da Biblioteca Nacional no cenário brasileiro e também no cenário internacional. E, em outra ponta, gostaria de fortalecer o Plano Nacional do Livro e Leitura, de forma a ampliar o acesso ao livro e aumentar o índice de leitura no Brasil, que hoje é de 4,7 obras lidas por habitante por ano.

Como ampliar esse acesso?

É possível buscar com o setor privado a criação de um livro popular. Seria um livro mais barato, sobretudo para esse novo leitor que vem das classes C, D e E. A principal forma de acesso ao livro é via biblioteca pública. Mas, ao mesmo tempo, é preciso criar condições para as pessoas poderem comprar um livro mais barato. Isso é importante para o leitor, que aumenta suas possibilidades; para as editoras, que recuperam produtos fora de catálogo e podem criar subprodutos; para o autor, que pode ampliar a quantidade de exemplares; e também para as livrarias, que podem oferecer um produto diferenciado. Pode, por exemplo, haver uma livraria popular, como são as farmácias populares.

Mas isso seria feito através de subsídios do governo?

Não necessariamente. Eu fiz uma consulta informal a entidades do livro. A ideia é desenvolver uma ação para que os editores percebam que existe a perspectiva de venda.

Algumas empresas que atuam em outro segmento, como a Avon no caso da venda de porta em porta, conseguem fazer com que um livro que sairia por R$40 na livraria chegue ao consumidor por um preço três ou quatro vezes menor, justamente porque a editora tem a certeza de que o livro será escoado. Além disso, o governo pode muito bem dar uma garantia de que vai adquirir uma parte dos livros para ser distribuída a bibliotecas públicas.

Num primeiro momento, haverá alguma mudança no gerenciamento da Biblioteca Nacional?

A Biblioteca Nacional terá toda a responsabilidade pela política pública do livro e da leitura no Brasil. Hoje, existe uma Diretoria de Livro, Leitura e Literatura e também existe o Plano Nacional de Livro e Leitura. Ambos devem vir para a Biblioteca Nacional, e eu terei a responsabilidade de preparar a criação do Instituto Brasileiro de Livro e Leitura. Esse instituto será o responsável pela gestão das políticas públicas da área, e, quando isso acontecer, a Biblioteca Nacional vai se dedicar exclusivamente para a Biblioteca Nacional.

Esse instituto terá o mesmo conceito do Instituto Brasileiro de Museus, o Ibram?

Exatamente, será o Ibram do Livro e da Leitura. Ainda não consigo estabelecer um prazo, mas é a grande demanda do povo do livro.

O senhor chegou a trabalhar na Biblioteca Nacional no governo Lula. Quais foram os principais avanços na época?

Eu fui coordenador geral de Livro e Leitura da Biblioteca Nacional. Fui para lá em 2004, para formular um programa em que todos os municípios brasileiros tivessem sua biblioteca.

Na época, o orçamento para a área era em torno de R$6 milhões. No ano seguinte, eu articulei com o senador Tião Viana, e ele apresentou uma emenda que aumentou os recursos para R$26 milhões, que nos ajudaram a criar as condições para zerar o número de cidades no Brasil sem bibliotecas.

Quanto falta para se alcançar essa meta?

Falta pouco. No último levantamento, faltavam poucas dezenas, e apenas em municípios para os quais o MinC oferecia o kit com o acervo básico e o computador, mas as prefeituras ainda não tinham feito a instalação. Isso acabou motivando que o ministério suspendesse, em dezembro, o repasse de recursos para prefeituras que não instalaram suas bibliotecas.

É claro que é importante que se tenha bibliotecas em cada município, mas isso não garante a Leitura. Como fazer com que a sociedade e a biblioteca se encontrem?

O Plano Nacional do Livro e Leitura foi criado em 2006 como resposta para esse questionamento. São quatro eixos: a democratização ao acesso; a formação de mediadores de leitura como bibliotecários e professores; a valorização da leitura no imaginário coletivo, através de campanhas ou inserção de situações de leitura em programas de TV; e a economia do livro, com programas que incentivem pequenas editoras e pequenas livrarias, entre outros fatores. Quando você põe os quatro eixos em funcionamento, você estimula as pessoas a lerem.

Discute-se muito a possibilidade de uma nova Lei do Direito Autoral. O tema mobilizou o último governo, mas a ministra disse que vai reavaliar o projeto. Como o senhor enxerga a questão?

Uma coisa é consenso: é importante que as legislações sejam sempre atualizadas à luz dos novos tempos. A ministra tem se posicionado de forma prudente, mostrando-se aberta a ouvir as várias partes envolvidas. E de uma forma muito serena, ela já sinalizou que vai apreciar essas várias argumentações. E eu me alinho completamente com essa visão. Todos nós temos conhecimento da necessidade de se promover avanços. O material que os criadores produzem tem o valor de seu esforço e dedicação, e isso precisa ser respeitado, e por outro lado os leitores precisam ter algum direito de ter acesso a essa produção acumulada pela sociedade.

“A principal forma de acesso ao livro é via biblioteca pública. Mas, ao mesmo tempo, é preciso criar condições para as pessoas poderem comprar um livro mais barato. Isso é importante para o leitor, as editoras, o autor e as livrarias”

“Terei a responsabilidade de preparar a criação do Instituto Brasileiro de Livro e Leitura, que será responsável pela gestão das políticas públicas da área, e, quando isso acontecer, a Biblioteca Nacional vai se dedicar exclusivamente à Biblioteca Nacional”



Fonte: Ministério da Cultura

sábado, 22 de janeiro de 2011

Ana de Hollanda inaugura Cenedom e comemora dois anos do Ibram


O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), completou ontem (dia 20) dois anos de atividades com a inauguração do Centro Nacional de Estudos e Documentação (Cenedom). Presente à cerimônia, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, disse que o Cenedom é “mais um passo para o enriquecimento da museologia brasileira”, lembrando a importância que os museus ganharam durante o governo Lula e a mudança que essa política provocou na cultura popular.

“Não faz muito tempo, museu era visto com reserva e distância pelo povo, como se fosse uma coisa aristocrática ou para iniciados. Isso mudou. Uma série de fatores explica isso: entre eles, a diminuição das desigualdades sociais e o processo de democratização cultural ocorrido na história recente do país. Não só surgiram muitos novos museus, como, o que é mais importante, a instituição ampliou seu repertório.”

Concebido para ser uma referência em pesquisa documental tanto para estudiosos como para o público interessado, o novo centro de serviços lançado pelo Ibram vai funcionar como laboratório, biblioteca, arquivo e centro de difusão de conhecimentos, além de repositório de publicações e trabalhos acadêmicos no campo museológico.

O presidente da autarquia, José Nascimento Junior, afirma que o Cenedom se constituirá em um “espaço de reflexão” aberto ao cidadão e poderá ser consultado mesmo por quem não mora em Brasília. “O sistema de gestão de informação vai possibilitar que o interessado consulte a documentação pela internet. Já temos instrumentos para isso a partir de hoje. E, com a digitalização dos acervos, isso vai se ampliar”, destaca.
Ele salienta, ainda, outro avanço que o novo serviço, lançado durante a comemoração do segundo aniversário do Ibram, garante à história brasileira. “O centro vai prestar apoio aos demais órgãos públicos, permitindo a recuperação e requalificação de documentos importantes para a preservação da memória.”

Para a coordenadora de Cultura da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil, Jurema Machado, o Cenedon pode exercer uma função pedagógica e contribuir para que o museu, no Brasil, seja entendido a partir de um conceito mais moderno, provocando, também, mudanças na forma como são geridos os acervos museológicos no país.

“Os museus são vistos, pelo senso comum, como casas de memória, de exposição de objetos. E a produção científica, mesmo a documentação histórica que essas casas detêm, deve ser compartilhada, deve ser trocada e difundida. Isso é um avanço tecnológico, mas é, sobretudo, o avanço de uma visão moderna, contemporânea, do que é o papel do museu”, explica. “E, como as ações promovidas pelo Ibram em nível federal acabam sendo referência, é também emblemático no sentido de induzir comportamentos nos estados e municípios para a valorização desse lado menos visível dos museus”, completa.

Prioridades no segmento de museus




Na abertura da cerimônia, a ministra Ana de Hollanda também adiantou para um auditório repleto de servidores do Ibram, pesquisadores, especialistas e representantes de diversos museus brasileiros algumas ações que serão prioritárias durante a sua gestão. “Vamos regulamentar o Estatuto dos Museus e levar para a prática o Plano Nacional Setorial de Museus”, afirmou.

Plano Nacional Setorial de Museus (PNSM)
Em dezembro de 2010, foi lançado o Plano Nacional Setorial de Museus, que estabelece os caminhos para as políticas públicas na área museal pelos próximos dez anos. O PNSM foi construído pelo Ibram em parceria com a comunidade museológica e vai integrar o Plano Nacional de Cultura.

Estatuto dos Museus
Regulamenta desde a criação até o fechamento de um museu e seu funcionamento, tornando obrigatória a elaboração e implementação de um plano museológico para cada instituição.

(Texto: Marcelo Leal, Ascom/MinC e Fotos: Pedro França)


Fonte: Assessoria de Comunicação, Ibram/MinC

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

BIG BROTHER BRASIL


(Luiz Fernando Veríssimo)

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos "heróis", como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um "zoológico humano divertido" . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais.. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

"Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dele" - (Eclesiastes 3:14). Visite o blog: http://buscarorientacao.blogspot.com/

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

MinC terá orçamento 20% maior em 2011

Mais de R$ 1,6 bi. Esse é o orçamento do Ministério da Cultura para o ano de 2011, que foi enviado ao Congresso Nacional. Esse valor representa um aumento de 20% em relação ao orçamento de 2010, orçado inicialmente em pouco mais de R$ 1,3 bi. Mas o valor investido na área ultrapassou os R$ 2,2 bilhões, pois emendas parlamentares garantiram um aumento de R$ 855,6 milhões.

Do total de R$ 2,2 bi, cerca de 80%, ou seja, R$ 1,8 bi fazem parte do chamado orçamento discricionário, que exclui os gastos obrigatórios (pessoal, dívida, precatório). Os valores disponibilizados para cobrir esses custeios não ultrapassaram os R$ 500 milhões.

Do orçamento inicial, de R$ 1,8 bi, R$ 942 milhões foram autorizados e R$ 827 milhões estavam empenhados em 24 de novembro. Ou seja, não haviam sido pagos, mas estavam reservados para provimento de ações, programas e políticas do Ministério.

Já o orçamento do Fundo Nacional de Cultura em 2011 será de mais R$ 326 milhões. Desde agosto, lei sancionada pelo então presidente da República Luiz Ignácio Lula da Silva, protege os recursos do FNC. O Ministério da Cultura conseguiu, em negociação com o Congresso Nacional, criar uma emenda protegendo o FNC de qualquer forma de contingenciamento.

Em 2007, foram disponibilizados R$ 472,8 milhões do FNC para serem investidos em programas e projetos culturais no ano de 2008. O valor investido em 2009 – aprovado em 2008 – subiu para R$ 523,3 milhões. No ano de 2010 – aprovado na LDO de 2009 – o Ministério da Cultura conseguiu R$ 898,1 milhões para o FNC.

* Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério da Cultura.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Cartilha para Estados e Municípios


O guia está disponível no Blog do SNC e possui conceito e princípios do Sistema, seções de perguntas e respostas, manual de integração e modelo de projeto

Ascom MinC NE - Jornal iTeia


A Secretaria de Articulação Institucional do MinC publicou Cartilha de Orientação para os Estados e Municípios no Sistema Nacional de Cultura (SNC). O guia está disponível no Blog do SNC e possui conceito e princípios do Sistema, seções de perguntas e respostas, manual de integração e modelo de projeto.

Acesse:blogs.cultura.gov.br/snc/

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Museu reabre hoje com obras de acervo próprio

Com uma intervenção por ano, sempre no mês de janeiro, o projeto objetiva a edição de um livro de registros ao final da 10ª edição

Paulo Carvalho


A nova exposição foi idealizada por Célia Labanca, diretora da instituiçãoQuinta maior instituição de seu segmento na América Latina, o Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco (MAC-PE), reabre hoje pela manhã com exposição de 400 obras do próprio acervo. As peças são assinadas por diversos artistas, entre os quais o pintor Cândido Portinari, que ganha sala especial no recorte; Tereza da Costa Rego, apresentando a série Sete Luas de Sangue; além de figuras angulares para arte pernambucana como João Câmara e Cícero Dias. A inauguração também contará com a participação dos irmãos olindenses Aprígio e Frederico Fonseca, que realizam a sexta interferência do projeto “Olinda Cerzida”.

“Nas intervenções que realizamos sempre temos uma motivação, não há nada gratuito. No Mac, utilizaremos balões deformados, que sairão das grades do museu. O prédio serviu, no passado, como prisão eclesiástica e cadeia pública, e faz parte de nossas memórias de infância”, explica Frederico. Com uma intervenção por ano, sempre no mês de janeiro, o projeto objetiva a edição de um livro de registros ao final da 10ª edição.

Frederico conta que em 2006, o projeto foi inaugurado com pintura de semicírculos em diques da Praia do Carmo. “A ideia da interferência era que as pinturas funcionassem como sinais dirigidos às jangadas. Eram como se fossem pontos de atracagem”, conceitua o olindense. Em 2007, foi a vez de um cubo branco, metáfora do espaço museológico, passear por pontos turísticos da cidade. No ano posterior, pintura de sombras na fachada de uma das casas do sítio histórico, e inserção digital do mesmo elemento em outras fachadas. Em 2009, cabeças de palhaços realizaram um percurso inusitado que ia da Praia do Carmo ao Cemitério de Guadalupe, e em 2010, sacos plásticos foram colocados nos cobogós do prédio da Caixa D’Água, no Alto da Sé.

O MAC

A nova exposição do MAC-PE foi idealizada por Célia Labanca, diretora da instituição. “Na sala especial dedicada a Portinari teremos seis quadros do artista, entre os quais a tela Enterro (furtada da instituição no dia 6 de julho de 2010 e recuperada pela polícia no dia 31 do mesmo mês”. Além dessas obras, teremos oito quadros que efetuam releitura de obras de Portinari”, aponta a diretora.

De acordo com Labanca, apesar de ter figurado durante todo o ano na imprensa nacional, o museu estadual não recebeu apoio da Fundarpe para melhorar a segurança do equipamento. “O museu não contratou funcionários internos ou mais seguranças (que, junto, hoje totalizam o mesmo quadro de 8 pessoas de antes do furto). Tudo permanece como está. Isso se deve principalmente à falta de atenção da Fundarpe, que nesses quatro anos privilegiou as expressões da cultura popular, em detrimento da erudita. As instituições ficaram entregues ao humor dos gestores de cultura, e quando não possuem parcerias extra-Fundarpe, como acontece com o Museu do Estado, é muito difícil se manter”, diz a gestora.
Fonte: Folha de Pernambuco

Telefones úteis


Aeroporto
3322 4188 3464 4188

auxílio à lista
102

Biblioteca Central da UFPE
2126 8095

Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco
3423 8446

Biblioteca Popular de Afogados
3428 4933

Biblioteca Popular de Casa Amarela
3232 4411

Box Turismo – Aeroporto
3462 4960

Box Turismo Arsenal
3232 2942

Box Turismo PCR – TIP
3452 1892

Casa da Cultura
3224 4402

Casa do Carnaval - Pátio de São Pedro
3232 2864 / 3232 2865

Cine Teatro Apolo
3207 0881

coopetáxi
3424 8944 | 3424 4254

copseta
3462 1584

Espaço Pasárgada – Casa Manuel Bandeira
3134 3014

Fundação Joaquim Nabuco
3073 6340 / 30736333

hospital da restauração
3421 5444

informações turísticas
3232 8409

Informações Turísticas
3232 8409

ingressos em domicílio
3227 2677

Museu da Cidade do Recife – Forte das Cinco Pontas
3232 2812 / 3232 2833

Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - MAMAM
3232 1694 / 3232 5399

polícia militar
190

porto
3419 1900

procon
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Programa Multicultural
3232 1594 / 3232 1690 / 3232 1482

radiotáxi
3423 2865 | 3423 7777

radiotáxi
3423 2865 | 3423 7777

recife táxi
3423 1313 | 3231 7533

rodoviária
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Sítio da Trindade
3232 4154

Teatro Barreto Junior
3232 3054

Teatro de Santa Isabel
3232 2940

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