O espetáculo “A Revolta dos Brinquedos”, que narra a história dos brinquedos que se revoltam contra a própria dona e resolvem promover um grande julgamento para decidir como puni-la, agora vai poder ser conhecida por pessoas com deficiência visual e auditiva. Sob a direção do professor da UFPE José Francisco Filho, peça teatral vai utilizar a língua brasileira de sinais (Libras) e a áudio-descrição para facilitar a compreensão dos espectadores surdos, cegos e com baixa visão.
Com apresentações nos dias 9, 10, 16 e 17 deste mês, o grupo de sete atores vai contar com a ajuda de um interprete da Língua Brasileira de Sinais, que fará a tradução simultânea de todo o espetáculo para o público surdo. Já os cegos e pessoas com baixa visão, vão poder acompanhar o espetáculo através do recurso da áudio-descrição.
TÉCNICA - A áudio-descrição é uma técnica de tradução visual que transforma em palavras tudo o que é visto. Através de fones de ouvido sem fio, os usuários deste serviço vão receber informações entre as falas dos atores, ou seja, nos momentos em que não há diálogo. Mas o trabalho do profissional de áudio-descrição não se restringe apenas ao espetáculo em si. Cerca de 30 minutos antes, o espectador cego recebe informações sobre o Teatro, o palco, o cenário, detalhes sobre os personagens e o figurino.
Para isso, a companhia tem o apoio do grupo “Imagens que falam” da UFPE. A equipe atua no campo da pesquisa e da prática da áudio-descrição , além de formar profissionais para o mercado. Segundo o áudio-descritor Ernani Ribeiro, trata-se de um processo delicado que exige atenção e cuidado do profissional . “O tradutor não pode, em momento algum, se chocar com as falas dos atores e deve ser o mais preciso possível na descrição para que o espectador possa compreender a excelência do espetáculo”, afirma.
A idéia de adaptar o espetáculo para esse novo público, segundo o diretor José Francisco Filho, visa permitir que todas as pessoas, sem exceção, possam ter acesso ao Teatro. “O objetivo da companhia não é atender apenas os cegos e os surdos, e sim, usar a acessibilidade comunicacional para que todos possam apreciar a peça. Infelizmente o Estado ainda é carente de espaços acessíveis a um público com deficiência”. Há 38 anos na direção da Revolta dos Brinquedos, José Francisco adianta que a medida serve também como laboratório para iniciativas futuras do grupo, entre elas, O Pirata Tubarão, de Rubem Rocha Filho, com estréia prevista para 2011.
A Revolta dos Brinquedos comemora em 2010, 40 anos de montagens em Pernambuco e faz homenagem a Rubens Teixeira, primeiro diretor do espetáculo em Pernambuco.
Serviço
A revolta dos brinquedos
Elenco: Alysson Castro, Diogo Barbosa, Ismael Holanda, Michele Sant´ana, Ricardo Vendramini, Regina Carmem e Roberta Marcina.
Direção: José Francisco Filho
Administração e sonoplastia : Sérgio Veloso
Intérprete de Libras : José Carlos Santos Veloso
Audio-descrição: Grupo Imagens que falam UFPE
Realização: Circus produções.
Local: Teatro Apolo. Rua do Apolo, 121 - Bairro do Recife
Horário: sábados e domingos, até 17 deste mês, às 16h30
Com apresentações nos dias 9, 10, 16 e 17 deste mês, o grupo de sete atores vai contar com a ajuda de um interprete da Língua Brasileira de Sinais, que fará a tradução simultânea de todo o espetáculo para o público surdo. Já os cegos e pessoas com baixa visão, vão poder acompanhar o espetáculo através do recurso da áudio-descrição.
TÉCNICA - A áudio-descrição é uma técnica de tradução visual que transforma em palavras tudo o que é visto. Através de fones de ouvido sem fio, os usuários deste serviço vão receber informações entre as falas dos atores, ou seja, nos momentos em que não há diálogo. Mas o trabalho do profissional de áudio-descrição não se restringe apenas ao espetáculo em si. Cerca de 30 minutos antes, o espectador cego recebe informações sobre o Teatro, o palco, o cenário, detalhes sobre os personagens e o figurino.
Para isso, a companhia tem o apoio do grupo “Imagens que falam” da UFPE. A equipe atua no campo da pesquisa e da prática da áudio-descrição , além de formar profissionais para o mercado. Segundo o áudio-descritor Ernani Ribeiro, trata-se de um processo delicado que exige atenção e cuidado do profissional . “O tradutor não pode, em momento algum, se chocar com as falas dos atores e deve ser o mais preciso possível na descrição para que o espectador possa compreender a excelência do espetáculo”, afirma.
A idéia de adaptar o espetáculo para esse novo público, segundo o diretor José Francisco Filho, visa permitir que todas as pessoas, sem exceção, possam ter acesso ao Teatro. “O objetivo da companhia não é atender apenas os cegos e os surdos, e sim, usar a acessibilidade comunicacional para que todos possam apreciar a peça. Infelizmente o Estado ainda é carente de espaços acessíveis a um público com deficiência”. Há 38 anos na direção da Revolta dos Brinquedos, José Francisco adianta que a medida serve também como laboratório para iniciativas futuras do grupo, entre elas, O Pirata Tubarão, de Rubem Rocha Filho, com estréia prevista para 2011.
A Revolta dos Brinquedos comemora em 2010, 40 anos de montagens em Pernambuco e faz homenagem a Rubens Teixeira, primeiro diretor do espetáculo em Pernambuco.
Serviço
A revolta dos brinquedos
Elenco: Alysson Castro, Diogo Barbosa, Ismael Holanda, Michele Sant´ana, Ricardo Vendramini, Regina Carmem e Roberta Marcina.
Direção: José Francisco Filho
Administração e sonoplastia : Sérgio Veloso
Intérprete de Libras : José Carlos Santos Veloso
Audio-descrição: Grupo Imagens que falam UFPE
Realização: Circus produções.
Local: Teatro Apolo. Rua do Apolo, 121 - Bairro do Recife
Horário: sábados e domingos, até 17 deste mês, às 16h30
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