O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), completou ontem (dia 20) dois anos de atividades com a inauguração do Centro Nacional de Estudos e Documentação (Cenedom). Presente à cerimônia, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, disse que o Cenedom é “mais um passo para o enriquecimento da museologia brasileira”, lembrando a importância que os museus ganharam durante o governo Lula e a mudança que essa política provocou na cultura popular.
“Não faz muito tempo, museu era visto com reserva e distância pelo povo, como se fosse uma coisa aristocrática ou para iniciados. Isso mudou. Uma série de fatores explica isso: entre eles, a diminuição das desigualdades sociais e o processo de democratização cultural ocorrido na história recente do país. Não só surgiram muitos novos museus, como, o que é mais importante, a instituição ampliou seu repertório.”
Concebido para ser uma referência em pesquisa documental tanto para estudiosos como para o público interessado, o novo centro de serviços lançado pelo Ibram vai funcionar como laboratório, biblioteca, arquivo e centro de difusão de conhecimentos, além de repositório de publicações e trabalhos acadêmicos no campo museológico.
O presidente da autarquia, José Nascimento Junior, afirma que o Cenedom se constituirá em um “espaço de reflexão” aberto ao cidadão e poderá ser consultado mesmo por quem não mora em Brasília. “O sistema de gestão de informação vai possibilitar que o interessado consulte a documentação pela internet. Já temos instrumentos para isso a partir de hoje. E, com a digitalização dos acervos, isso vai se ampliar”, destaca.
Ele salienta, ainda, outro avanço que o novo serviço, lançado durante a comemoração do segundo aniversário do Ibram, garante à história brasileira. “O centro vai prestar apoio aos demais órgãos públicos, permitindo a recuperação e requalificação de documentos importantes para a preservação da memória.”
Para a coordenadora de Cultura da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil, Jurema Machado, o Cenedon pode exercer uma função pedagógica e contribuir para que o museu, no Brasil, seja entendido a partir de um conceito mais moderno, provocando, também, mudanças na forma como são geridos os acervos museológicos no país.
“Os museus são vistos, pelo senso comum, como casas de memória, de exposição de objetos. E a produção científica, mesmo a documentação histórica que essas casas detêm, deve ser compartilhada, deve ser trocada e difundida. Isso é um avanço tecnológico, mas é, sobretudo, o avanço de uma visão moderna, contemporânea, do que é o papel do museu”, explica. “E, como as ações promovidas pelo Ibram em nível federal acabam sendo referência, é também emblemático no sentido de induzir comportamentos nos estados e municípios para a valorização desse lado menos visível dos museus”, completa.
Prioridades no segmento de museus
Na abertura da cerimônia, a ministra Ana de Hollanda também adiantou para um auditório repleto de servidores do Ibram, pesquisadores, especialistas e representantes de diversos museus brasileiros algumas ações que serão prioritárias durante a sua gestão. “Vamos regulamentar o Estatuto dos Museus e levar para a prática o Plano Nacional Setorial de Museus”, afirmou.
Plano Nacional Setorial de Museus (PNSM)
Em dezembro de 2010, foi lançado o Plano Nacional Setorial de Museus, que estabelece os caminhos para as políticas públicas na área museal pelos próximos dez anos. O PNSM foi construído pelo Ibram em parceria com a comunidade museológica e vai integrar o Plano Nacional de Cultura.
Estatuto dos Museus
Regulamenta desde a criação até o fechamento de um museu e seu funcionamento, tornando obrigatória a elaboração e implementação de um plano museológico para cada instituição.
(Texto: Marcelo Leal, Ascom/MinC e Fotos: Pedro França)
Fonte: Assessoria de Comunicação, Ibram/MinC
“Não faz muito tempo, museu era visto com reserva e distância pelo povo, como se fosse uma coisa aristocrática ou para iniciados. Isso mudou. Uma série de fatores explica isso: entre eles, a diminuição das desigualdades sociais e o processo de democratização cultural ocorrido na história recente do país. Não só surgiram muitos novos museus, como, o que é mais importante, a instituição ampliou seu repertório.”
Concebido para ser uma referência em pesquisa documental tanto para estudiosos como para o público interessado, o novo centro de serviços lançado pelo Ibram vai funcionar como laboratório, biblioteca, arquivo e centro de difusão de conhecimentos, além de repositório de publicações e trabalhos acadêmicos no campo museológico.
O presidente da autarquia, José Nascimento Junior, afirma que o Cenedom se constituirá em um “espaço de reflexão” aberto ao cidadão e poderá ser consultado mesmo por quem não mora em Brasília. “O sistema de gestão de informação vai possibilitar que o interessado consulte a documentação pela internet. Já temos instrumentos para isso a partir de hoje. E, com a digitalização dos acervos, isso vai se ampliar”, destaca.
Ele salienta, ainda, outro avanço que o novo serviço, lançado durante a comemoração do segundo aniversário do Ibram, garante à história brasileira. “O centro vai prestar apoio aos demais órgãos públicos, permitindo a recuperação e requalificação de documentos importantes para a preservação da memória.”
Para a coordenadora de Cultura da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil, Jurema Machado, o Cenedon pode exercer uma função pedagógica e contribuir para que o museu, no Brasil, seja entendido a partir de um conceito mais moderno, provocando, também, mudanças na forma como são geridos os acervos museológicos no país.
“Os museus são vistos, pelo senso comum, como casas de memória, de exposição de objetos. E a produção científica, mesmo a documentação histórica que essas casas detêm, deve ser compartilhada, deve ser trocada e difundida. Isso é um avanço tecnológico, mas é, sobretudo, o avanço de uma visão moderna, contemporânea, do que é o papel do museu”, explica. “E, como as ações promovidas pelo Ibram em nível federal acabam sendo referência, é também emblemático no sentido de induzir comportamentos nos estados e municípios para a valorização desse lado menos visível dos museus”, completa.
Prioridades no segmento de museus
Na abertura da cerimônia, a ministra Ana de Hollanda também adiantou para um auditório repleto de servidores do Ibram, pesquisadores, especialistas e representantes de diversos museus brasileiros algumas ações que serão prioritárias durante a sua gestão. “Vamos regulamentar o Estatuto dos Museus e levar para a prática o Plano Nacional Setorial de Museus”, afirmou.
Plano Nacional Setorial de Museus (PNSM)
Em dezembro de 2010, foi lançado o Plano Nacional Setorial de Museus, que estabelece os caminhos para as políticas públicas na área museal pelos próximos dez anos. O PNSM foi construído pelo Ibram em parceria com a comunidade museológica e vai integrar o Plano Nacional de Cultura.
Estatuto dos Museus
Regulamenta desde a criação até o fechamento de um museu e seu funcionamento, tornando obrigatória a elaboração e implementação de um plano museológico para cada instituição.
(Texto: Marcelo Leal, Ascom/MinC e Fotos: Pedro França)
Fonte: Assessoria de Comunicação, Ibram/MinC
Nenhum comentário:
Postar um comentário