Com uma intervenção por ano, sempre no mês de janeiro, o projeto objetiva a edição de um livro de registros ao final da 10ª edição
Paulo Carvalho
A nova exposição foi idealizada por Célia Labanca, diretora da instituiçãoQuinta maior instituição de seu segmento na América Latina, o Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco (MAC-PE), reabre hoje pela manhã com exposição de 400 obras do próprio acervo. As peças são assinadas por diversos artistas, entre os quais o pintor Cândido Portinari, que ganha sala especial no recorte; Tereza da Costa Rego, apresentando a série Sete Luas de Sangue; além de figuras angulares para arte pernambucana como João Câmara e Cícero Dias. A inauguração também contará com a participação dos irmãos olindenses Aprígio e Frederico Fonseca, que realizam a sexta interferência do projeto “Olinda Cerzida”.
“Nas intervenções que realizamos sempre temos uma motivação, não há nada gratuito. No Mac, utilizaremos balões deformados, que sairão das grades do museu. O prédio serviu, no passado, como prisão eclesiástica e cadeia pública, e faz parte de nossas memórias de infância”, explica Frederico. Com uma intervenção por ano, sempre no mês de janeiro, o projeto objetiva a edição de um livro de registros ao final da 10ª edição.
Frederico conta que em 2006, o projeto foi inaugurado com pintura de semicírculos em diques da Praia do Carmo. “A ideia da interferência era que as pinturas funcionassem como sinais dirigidos às jangadas. Eram como se fossem pontos de atracagem”, conceitua o olindense. Em 2007, foi a vez de um cubo branco, metáfora do espaço museológico, passear por pontos turísticos da cidade. No ano posterior, pintura de sombras na fachada de uma das casas do sítio histórico, e inserção digital do mesmo elemento em outras fachadas. Em 2009, cabeças de palhaços realizaram um percurso inusitado que ia da Praia do Carmo ao Cemitério de Guadalupe, e em 2010, sacos plásticos foram colocados nos cobogós do prédio da Caixa D’Água, no Alto da Sé.
O MAC
A nova exposição do MAC-PE foi idealizada por Célia Labanca, diretora da instituição. “Na sala especial dedicada a Portinari teremos seis quadros do artista, entre os quais a tela Enterro (furtada da instituição no dia 6 de julho de 2010 e recuperada pela polícia no dia 31 do mesmo mês”. Além dessas obras, teremos oito quadros que efetuam releitura de obras de Portinari”, aponta a diretora.
De acordo com Labanca, apesar de ter figurado durante todo o ano na imprensa nacional, o museu estadual não recebeu apoio da Fundarpe para melhorar a segurança do equipamento. “O museu não contratou funcionários internos ou mais seguranças (que, junto, hoje totalizam o mesmo quadro de 8 pessoas de antes do furto). Tudo permanece como está. Isso se deve principalmente à falta de atenção da Fundarpe, que nesses quatro anos privilegiou as expressões da cultura popular, em detrimento da erudita. As instituições ficaram entregues ao humor dos gestores de cultura, e quando não possuem parcerias extra-Fundarpe, como acontece com o Museu do Estado, é muito difícil se manter”, diz a gestora.
Paulo Carvalho
A nova exposição foi idealizada por Célia Labanca, diretora da instituiçãoQuinta maior instituição de seu segmento na América Latina, o Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco (MAC-PE), reabre hoje pela manhã com exposição de 400 obras do próprio acervo. As peças são assinadas por diversos artistas, entre os quais o pintor Cândido Portinari, que ganha sala especial no recorte; Tereza da Costa Rego, apresentando a série Sete Luas de Sangue; além de figuras angulares para arte pernambucana como João Câmara e Cícero Dias. A inauguração também contará com a participação dos irmãos olindenses Aprígio e Frederico Fonseca, que realizam a sexta interferência do projeto “Olinda Cerzida”.
“Nas intervenções que realizamos sempre temos uma motivação, não há nada gratuito. No Mac, utilizaremos balões deformados, que sairão das grades do museu. O prédio serviu, no passado, como prisão eclesiástica e cadeia pública, e faz parte de nossas memórias de infância”, explica Frederico. Com uma intervenção por ano, sempre no mês de janeiro, o projeto objetiva a edição de um livro de registros ao final da 10ª edição.
Frederico conta que em 2006, o projeto foi inaugurado com pintura de semicírculos em diques da Praia do Carmo. “A ideia da interferência era que as pinturas funcionassem como sinais dirigidos às jangadas. Eram como se fossem pontos de atracagem”, conceitua o olindense. Em 2007, foi a vez de um cubo branco, metáfora do espaço museológico, passear por pontos turísticos da cidade. No ano posterior, pintura de sombras na fachada de uma das casas do sítio histórico, e inserção digital do mesmo elemento em outras fachadas. Em 2009, cabeças de palhaços realizaram um percurso inusitado que ia da Praia do Carmo ao Cemitério de Guadalupe, e em 2010, sacos plásticos foram colocados nos cobogós do prédio da Caixa D’Água, no Alto da Sé.
O MAC
A nova exposição do MAC-PE foi idealizada por Célia Labanca, diretora da instituição. “Na sala especial dedicada a Portinari teremos seis quadros do artista, entre os quais a tela Enterro (furtada da instituição no dia 6 de julho de 2010 e recuperada pela polícia no dia 31 do mesmo mês”. Além dessas obras, teremos oito quadros que efetuam releitura de obras de Portinari”, aponta a diretora.
De acordo com Labanca, apesar de ter figurado durante todo o ano na imprensa nacional, o museu estadual não recebeu apoio da Fundarpe para melhorar a segurança do equipamento. “O museu não contratou funcionários internos ou mais seguranças (que, junto, hoje totalizam o mesmo quadro de 8 pessoas de antes do furto). Tudo permanece como está. Isso se deve principalmente à falta de atenção da Fundarpe, que nesses quatro anos privilegiou as expressões da cultura popular, em detrimento da erudita. As instituições ficaram entregues ao humor dos gestores de cultura, e quando não possuem parcerias extra-Fundarpe, como acontece com o Museu do Estado, é muito difícil se manter”, diz a gestora.
Fonte: Folha de Pernambuco
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