“Quem controla o passado, controla o futuro.” (George Orwell, 1984)
A frase acima é a epígrafe do livro O que resta da ditadura: a exceção brasileira, que será lançado no dia 18 de março pela Boitempo Editorial. No lançamento haverá os seguintes debates: “Por que a verdade precisa de uma comissão?”, com Edson Teles, Fábio Konder Comparato e Glenda Mezarobba; e “Políticas da verdade e da memória”, com Paulo Eduardo Arantes, Paulo Vannucchi e Vladimir Safatle. Será no auditório de História da USP, que fica na Av. Lineu Prestes, 338, Cidade Universitária, São Paulo.
A obra é organizada por Edson Teles e Vladimir Safatle, e reúne uma série de ensaios que apresentam o legado deixado pelo regime militar em várias esferas da vida social brasileira. O livro é fruto de um seminário realizado na Universidade de São Paulo (USP), em 2008, e possui textos de escritores e intelectuais como Maria Rita Kehl, Jaime Ginzburg, Paulo Arantes e Ricardo Lísias, dentre outros.
Os artigos mostram, por exemplo, que as práticas de tortura em prisões brasileiras aumentaram em relação aos casos de tortura na ditadura militar; o Brasil é o único país sul-americano onde não houve justiça de transição e os torturadores nunca foram julgados; ouvimos, ainda, oficiais na ativa e na reserva fazerem elogios inacreditáveis à ditadura militar; 25 anos após o fim da ditadura convive-se ainda com o ocultamento de cadáveres dos que morreram nas mãos das Forças Armadas; e outros fatores enumerados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário