Com a saída do Iphan, entidade poderá desenvolver atividades visando a reocupação do prédio. Proposta é convocar a sociedade para debater ações
Da Redação
Pela primeira vez, desde que foi criado em 1983, o Museu da Abolição reina absoluto no Casarão de João Alfredo, na Madalena, bairro da Zona Oeste do Recife. O sobrado de dois pavimentos (térreo e primeiro andar) tinha sido tombado e desapropriado para abrigar o museu, mas a entidade sempre dividiu o espaço com a superintendência regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Desde que o Iphan mudou-se para o Palácio da Soledade, na Boa Vista, área central do Recife, no mês de dezembro último, o Museu da Abolição pode se apropriar do imóvel. A novidade será compartilhada com a sociedade no próximo dia 21 de março, numa cerimônia chamada de reaproximação do sobrado, quando a diretoria do museu vai mostrar ao público a edificação desocupada.
Nesse dia, a comunidade ficará sabendo de que forma as salas serão reocupadas, conhecerá o site do museu e terá acesso ao calendário anual da instituição cultural. “A temática de cada sala será definida de acordo com as sugestões apresentadas pela sociedade em dez rodas de diálogo que promovemos em 2008. É o que denominamos de museu participativo”, diz a diretora-substituta, Simone Novaes.
Segundo ela, participaram do processo de reformulação – projeto batizado de O museu que nós queremos – afro-descendentes, estudantes e professores universitários, além de moradores do entorno do casarão. “Eles opinaram sobre o acervo a ser exposto, projetos paralelos, temática de cada uma das dez salas do andar superior”, comenta Simone. Este ano, não haverá reformas no sobrado.
Ao longo de 2010, a diretoria do museu pretende apenas elaborar o projeto de conservação e adaptação do casarão aos novos usos. Simone informa que a entidade dispõe de 130 peças no acervo. Todas na reserva técnica. Nenhuma está exposta. “Se conseguirmos recursos com o Ministério da Cultura, poderemos adquirir novas peças. Caso contrário, poderemos fazer um levantamento do acervo do Minc e expor objetos emprestados.”
O Museu da Abolição – Centro de Referência da Cultura Afro-brasileira era administrado pelo Iphan até 2007, ano em que passou a ser vinculado ao Departamento de Museus e Centros Culturais do Minc. Em 2008, os funcionários deixaram de ser ligados ao Iphan e migraram para o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). “Contaremos com a presença do presidente do Ibram, José do Nascimento Júnior, na solenidade do dia 21 de março”, diz Simone.
Ela acrescenta que o museu fechou as portas em 2005 e nesse mesmo ano a comunidade participou do seminário “O museu que nós queremos”. Voltou a funcionar em 2008 com a mostra “O que a abolição não aboliu”. Agora, mantém exposições temporárias no andar térreo e uma biblioteca especializada em cultura afro-brasileira e museologia.
Durante a Semana Nacional do Museu, no mês de maio, está prevista a mostra “Objeto Oriki”, de Minas Gerais. A programação contempla, ainda, as exposições “Máscaras africanas”, da Universidade Federal de Pernambuco (setembro) e “Personalidades”, com acervo próprio da hemeroteca (novembro). “Também pretendemos ampliar a oficina de capoeira e oferecer outras, de teatro e contação de história.”
Fonte: Jornal do Commercio
Desde que o Iphan mudou-se para o Palácio da Soledade, na Boa Vista, área central do Recife, no mês de dezembro último, o Museu da Abolição pode se apropriar do imóvel. A novidade será compartilhada com a sociedade no próximo dia 21 de março, numa cerimônia chamada de reaproximação do sobrado, quando a diretoria do museu vai mostrar ao público a edificação desocupada.
Nesse dia, a comunidade ficará sabendo de que forma as salas serão reocupadas, conhecerá o site do museu e terá acesso ao calendário anual da instituição cultural. “A temática de cada sala será definida de acordo com as sugestões apresentadas pela sociedade em dez rodas de diálogo que promovemos em 2008. É o que denominamos de museu participativo”, diz a diretora-substituta, Simone Novaes.
Segundo ela, participaram do processo de reformulação – projeto batizado de O museu que nós queremos – afro-descendentes, estudantes e professores universitários, além de moradores do entorno do casarão. “Eles opinaram sobre o acervo a ser exposto, projetos paralelos, temática de cada uma das dez salas do andar superior”, comenta Simone. Este ano, não haverá reformas no sobrado.
Ao longo de 2010, a diretoria do museu pretende apenas elaborar o projeto de conservação e adaptação do casarão aos novos usos. Simone informa que a entidade dispõe de 130 peças no acervo. Todas na reserva técnica. Nenhuma está exposta. “Se conseguirmos recursos com o Ministério da Cultura, poderemos adquirir novas peças. Caso contrário, poderemos fazer um levantamento do acervo do Minc e expor objetos emprestados.”
O Museu da Abolição – Centro de Referência da Cultura Afro-brasileira era administrado pelo Iphan até 2007, ano em que passou a ser vinculado ao Departamento de Museus e Centros Culturais do Minc. Em 2008, os funcionários deixaram de ser ligados ao Iphan e migraram para o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). “Contaremos com a presença do presidente do Ibram, José do Nascimento Júnior, na solenidade do dia 21 de março”, diz Simone.
Ela acrescenta que o museu fechou as portas em 2005 e nesse mesmo ano a comunidade participou do seminário “O museu que nós queremos”. Voltou a funcionar em 2008 com a mostra “O que a abolição não aboliu”. Agora, mantém exposições temporárias no andar térreo e uma biblioteca especializada em cultura afro-brasileira e museologia.
Durante a Semana Nacional do Museu, no mês de maio, está prevista a mostra “Objeto Oriki”, de Minas Gerais. A programação contempla, ainda, as exposições “Máscaras africanas”, da Universidade Federal de Pernambuco (setembro) e “Personalidades”, com acervo próprio da hemeroteca (novembro). “Também pretendemos ampliar a oficina de capoeira e oferecer outras, de teatro e contação de história.”
Fonte: Jornal do Commercio
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