“A insegurança alimentar prossegue, para 37,5% dos lares brasileiros, cifra inaceitável para uma nação rica como o Brasil. 100 milhões de hectares ou 12% do território nacional sofrem com a grilagem, uma grande injustiça. O processo de demarcação de terras para comunidades indígenas e quilombolas segue em ritmo muito lento e a concentração de terra aumenta em alguns Estados produtores de cana-de-açúcar, tais como São Paulo”. Essa informação foi divulgada pelo Relator Especial das Nações Unidas sobre o direito à alimentação, Olivier De Schutter. Faz parte do relatório que produziu durante sua missão no Brasil em outubro de 2009. Seu objetivo era avaliar o progresso do Estado Brasileiro na realização do direito à alimentação. Para ele, ainda persistem lacunas no direito à alimentação no país, apesar de notável progresso – como a redução de 73% na desnutrição infantil entre 2002 e 2008, e o aumento do salário mínimo. “Eliminar a fome no Brasil exigirá a consolidação de políticas sociais, maior igualdade na distribuição da terra, apoio contínuo à agricultura familiar e uma reforma tributária progressiva”, opinou.
O relatório “Mission to Brazil” está disponível em http://ap.ohchr.org/documents/dpage_e.aspx?m=101.
O relatório “Mission to Brazil” está disponível em http://ap.ohchr.org/documents/dpage_e.aspx?m=101.
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