Eugênia Bezerra
Entre exposições que estão sendo preparadas para homenagear artistas plásticos pernambucanos e a expectativa para a reabertura do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), cuja data deve ser anunciada este mês, o setor de artes visuais no Recife começa a delinear seu calendário para 2010. O primeiro semestre conta ainda com exposições do 47º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, realizado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).
A Coordenadoria de Artes Plásticas e Gráficas da Fundarpe planeja apresentar o resultado dos bolsistas do 47º Salão até o mês de março. Também no primeiro semestre deve ser anunciado o edital do 48º Salão e, em fevereiro, divulgado o resultado do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), que teve número de inscrições superior à edição anterior na área de artes visuais. Enquanto isso, a coordenadoria afirma a intensão de intensificar as reuniões com a comissão setorial, além de promover a escolha de novos representantes para o setor. Também fala-se em conectar mais as ações da coordenadoria com os equipamentos, além de ampliar parcerias com eventos como o Spa das Artes e o Olinda Arte em Toda Parte (realizados pelas prefeituras de Recife e Olinda).
Falando em Spa, para a Gerência Operacional de Artes Visuais e Design da Prefeitura do Recife, janeiro é o mês de reunir as equipes das gerências (fotografia, formação e design) e dos seis equipamentos para planejar as atividades do ano – o que pode potencializar verba e pessoal. “A gente já vem tentando horizontalizar as ações da PCR. No fórum, vamos definir as ações para cada equipamento, no perfil de cada um (e como as outras gerências e equipamentos podem participar). As ações e editais serão mantidos e aprimorados a partir desta linearidade”, afirma o gerente de Artes Visuais da PCR, Márcio Almeida.
Ele explica que um dos pontos discutidos é a valorização dos acervos. Uma das estratégias é inserir no edital do projeto Amplificadores uma bolsa de pesquisa sobre o acervo do Murilo La Greca. Também estão sendo estudadas parcerias com outras instituições do País, que visam colocar Recife no roteiro de grandes exposições e ao mesmo tempo levar a produção de artistas daqui para outras cidades. Investir na formação e descentralização também foram pontos citados por ele: “Nas oficinas não haverá apenas técnicas da arte, mas também formação para profissionais que trabalham na cadeia produtiva das artes visuais (curadores, montadores, eletricistas, etc.). Recife é carente disso, há bons profissionais, mas em pouca quantidade”.
Enquanto o Mamam se prepara para abrir as portas, a reforma está para começar no Museu da Cidade do Recife (também da Prefeitura, localizado no Forte das Cinco Pontas). Segundo a diretora do espaço, Maria Corrêa, o início das obras está marcado para este mês – falta firmar o contrato entre a Secretaria de Turismo e a empresa vencedora da licitação (Concrepoxi). “A previsão é que ela dure seis meses. Enquanto isso, trabalhamos no acervo e planejamos a exposição permanente sobre a cidade do Recife e o Portal do Turismo Metropolitano”, explica a diretora.
Betânia adianta que o projeto inclui uma área de exposições temporárias, um cine-teatro, rampas e elevador para garantir a acessibilidade, climatização, melhorias na iluminação e a requalificação do entorno do prédio (estacionamento, calçadas e iluminação externa). Também ficam em obras este ano a Caixa Cultural Recife e o Centro Cultural Capiba (na sede da antiga Estação Ferroviária), ambos com inauguração prevista para 2011. Segundo a assessoria de imprensa do Banco do Brasil, o Centro Cultural Capiba deve ficar pronto logo no primeiro semestre e a obra inclui a recuperação dos vitrais e instalação de equipamentos de acessibilidade, por exemplo. O acervo ferroviário do museu já foi restaurado e catalogado. A programação deve começar a ser pensada com o Governo de Pernambuco a partir de março.
O Instituto de Arte Contemporânea (IAC) planeja ações como o festival de videoarte Videoclube IAC e exposições como Tânatos, de Montez Magno (prevista para março). As chamadas novas mídias serão trabalhadas em exposições no segundo semestre (selecionadas por edital) e no seminário Behind art.
O Centro Cultural dos Correios inaugura por volta do dia 15 de janeiro a exposição Literatura de Cordel e já divulgou os 10 projetos aprovados no edital da instituição (a lista está no site dos Correios). Também localizado no Bairro do Recife, o Instituto Cultural Banco Real prepara até fevereiro a mostra Estrela brilhante, da fotógrafa Bárbara Wagner. Para meados deste ano está prevista a mostra Joaquim Nabuco: brasileiro, cidadão do mundo (em 2010 acontece o centenário do falecimento dele).
A Fundação Gilberto Freyre prepara atividades em comemoração ao centenário do artista plástico Lula Cardoso Ayres, entre elas uma exposição. Sobre o assunto, Lula Cardoso Ayres Filho afirmou que pretende retomar as atividades do instituto que leva o nome do pai dele. Outro artista plástico que deve ganhar uma grande exposição no Recife em 2010 é Abelardo da Hora. A mostra Amor e solidariedade permanece no Museu de Artes de São Paulo (Masp) até fevereiro, mas depois circula pelo Brasil e pelo exterior, devendo chegar ao Recife em junho ou julho. “Ela já foi vista por mais de 400 mil pessoas. Existem duas possibilidades, uma é inaugurar a área de exposições do Parque Dona Lindu, o que depende da conclusão do espaço. Também recebemos convite do Centro Cultural Capiba”, confirma Abelardo da Hora Filho.
Galerias particulares também adiantam novidades. Em março, a Amparo 60 apresenta a série de pinturas Proteja-me, de Isabela Stampanoni. A Arte Plural Galeria já tem exposições, novos projetos e oficinas fotográficas agendados. Nos meses de março e abril, por exemplo, estreia o projeto Pernambuco convida, em que cinco fotógrafos pernambucanos recebem outros cinco paulistas para uma exposição coletiva (os nomes ainda não foram divulgados). Outra novidade na fotografia é a vinda de uma mostra física da galeria virtual Artsalom.
O marchand Carlos Ranulpho ainda não agendou exposições em sua galeria, mas afirma que o seu maior objetivo no momento é um livro sobre a produção do pintor Vicente do Rêgo Monteiro na década de 1960. “Já foram publicados cinco livros que, de um modo geral, falam sobre toda a vida dele, especialmente o período em que ele viveu na França. Mas nos anos 60 ele produziu muito. Pretendo reproduzir o maior número de obras, reunir textos críticos e depoimentos. O livro deve ficar pronto em 2010”, planeja Ranulpho.
Fonte: Jornal do Commercio - PE
A Coordenadoria de Artes Plásticas e Gráficas da Fundarpe planeja apresentar o resultado dos bolsistas do 47º Salão até o mês de março. Também no primeiro semestre deve ser anunciado o edital do 48º Salão e, em fevereiro, divulgado o resultado do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), que teve número de inscrições superior à edição anterior na área de artes visuais. Enquanto isso, a coordenadoria afirma a intensão de intensificar as reuniões com a comissão setorial, além de promover a escolha de novos representantes para o setor. Também fala-se em conectar mais as ações da coordenadoria com os equipamentos, além de ampliar parcerias com eventos como o Spa das Artes e o Olinda Arte em Toda Parte (realizados pelas prefeituras de Recife e Olinda).
Falando em Spa, para a Gerência Operacional de Artes Visuais e Design da Prefeitura do Recife, janeiro é o mês de reunir as equipes das gerências (fotografia, formação e design) e dos seis equipamentos para planejar as atividades do ano – o que pode potencializar verba e pessoal. “A gente já vem tentando horizontalizar as ações da PCR. No fórum, vamos definir as ações para cada equipamento, no perfil de cada um (e como as outras gerências e equipamentos podem participar). As ações e editais serão mantidos e aprimorados a partir desta linearidade”, afirma o gerente de Artes Visuais da PCR, Márcio Almeida.
Ele explica que um dos pontos discutidos é a valorização dos acervos. Uma das estratégias é inserir no edital do projeto Amplificadores uma bolsa de pesquisa sobre o acervo do Murilo La Greca. Também estão sendo estudadas parcerias com outras instituições do País, que visam colocar Recife no roteiro de grandes exposições e ao mesmo tempo levar a produção de artistas daqui para outras cidades. Investir na formação e descentralização também foram pontos citados por ele: “Nas oficinas não haverá apenas técnicas da arte, mas também formação para profissionais que trabalham na cadeia produtiva das artes visuais (curadores, montadores, eletricistas, etc.). Recife é carente disso, há bons profissionais, mas em pouca quantidade”.
Enquanto o Mamam se prepara para abrir as portas, a reforma está para começar no Museu da Cidade do Recife (também da Prefeitura, localizado no Forte das Cinco Pontas). Segundo a diretora do espaço, Maria Corrêa, o início das obras está marcado para este mês – falta firmar o contrato entre a Secretaria de Turismo e a empresa vencedora da licitação (Concrepoxi). “A previsão é que ela dure seis meses. Enquanto isso, trabalhamos no acervo e planejamos a exposição permanente sobre a cidade do Recife e o Portal do Turismo Metropolitano”, explica a diretora.
Betânia adianta que o projeto inclui uma área de exposições temporárias, um cine-teatro, rampas e elevador para garantir a acessibilidade, climatização, melhorias na iluminação e a requalificação do entorno do prédio (estacionamento, calçadas e iluminação externa). Também ficam em obras este ano a Caixa Cultural Recife e o Centro Cultural Capiba (na sede da antiga Estação Ferroviária), ambos com inauguração prevista para 2011. Segundo a assessoria de imprensa do Banco do Brasil, o Centro Cultural Capiba deve ficar pronto logo no primeiro semestre e a obra inclui a recuperação dos vitrais e instalação de equipamentos de acessibilidade, por exemplo. O acervo ferroviário do museu já foi restaurado e catalogado. A programação deve começar a ser pensada com o Governo de Pernambuco a partir de março.
O Instituto de Arte Contemporânea (IAC) planeja ações como o festival de videoarte Videoclube IAC e exposições como Tânatos, de Montez Magno (prevista para março). As chamadas novas mídias serão trabalhadas em exposições no segundo semestre (selecionadas por edital) e no seminário Behind art.
O Centro Cultural dos Correios inaugura por volta do dia 15 de janeiro a exposição Literatura de Cordel e já divulgou os 10 projetos aprovados no edital da instituição (a lista está no site dos Correios). Também localizado no Bairro do Recife, o Instituto Cultural Banco Real prepara até fevereiro a mostra Estrela brilhante, da fotógrafa Bárbara Wagner. Para meados deste ano está prevista a mostra Joaquim Nabuco: brasileiro, cidadão do mundo (em 2010 acontece o centenário do falecimento dele).
A Fundação Gilberto Freyre prepara atividades em comemoração ao centenário do artista plástico Lula Cardoso Ayres, entre elas uma exposição. Sobre o assunto, Lula Cardoso Ayres Filho afirmou que pretende retomar as atividades do instituto que leva o nome do pai dele. Outro artista plástico que deve ganhar uma grande exposição no Recife em 2010 é Abelardo da Hora. A mostra Amor e solidariedade permanece no Museu de Artes de São Paulo (Masp) até fevereiro, mas depois circula pelo Brasil e pelo exterior, devendo chegar ao Recife em junho ou julho. “Ela já foi vista por mais de 400 mil pessoas. Existem duas possibilidades, uma é inaugurar a área de exposições do Parque Dona Lindu, o que depende da conclusão do espaço. Também recebemos convite do Centro Cultural Capiba”, confirma Abelardo da Hora Filho.
Galerias particulares também adiantam novidades. Em março, a Amparo 60 apresenta a série de pinturas Proteja-me, de Isabela Stampanoni. A Arte Plural Galeria já tem exposições, novos projetos e oficinas fotográficas agendados. Nos meses de março e abril, por exemplo, estreia o projeto Pernambuco convida, em que cinco fotógrafos pernambucanos recebem outros cinco paulistas para uma exposição coletiva (os nomes ainda não foram divulgados). Outra novidade na fotografia é a vinda de uma mostra física da galeria virtual Artsalom.
O marchand Carlos Ranulpho ainda não agendou exposições em sua galeria, mas afirma que o seu maior objetivo no momento é um livro sobre a produção do pintor Vicente do Rêgo Monteiro na década de 1960. “Já foram publicados cinco livros que, de um modo geral, falam sobre toda a vida dele, especialmente o período em que ele viveu na França. Mas nos anos 60 ele produziu muito. Pretendo reproduzir o maior número de obras, reunir textos críticos e depoimentos. O livro deve ficar pronto em 2010”, planeja Ranulpho.
Fonte: Jornal do Commercio - PE
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